As Operação SAAL

de João Dias

2007 | PT | 97′ | M/6

Quinta-Feira 20/5 | 21:30 na Associação de Moradores do Bairro Horizonte

Criado por iniciativa do arquitecto Nuno Portas enquanto Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo do I Governo Provisório, o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) foi um programa de assistência à construção de habitação promovida por Associações de Moradores que visava “apoiar as iniciativas de populações mal alojadas no sentido de colaborarem na reconversão dos próprios bairros investindo os próprios recursos latentes e eventualmente monetários”. A Arquitectura Portuguesa do 25 de Abril é o SAAL – movimento ímpar na história do pensamento da arquitectura, que serviu de exemplo e de discussão para muitos outros projectos a nível internacional.

Sessões Anteriores

O Meu Tio

de Jacques Tati

1958 | FR |117′ | M/6

Quinta-Feira 27/5 | 19:30 no Ginásio de S.Vicente

O senhor e a senhora Arpel têm uma casa moderna num quarteirão asséptico. Eles têm tudo, conseguiram tudo, na casa deles é tudo novo: o jardim é novo, a casa é nova, os livros são novos. Neste universo tão confortável, tão clean, tão high-tech, tão bem programado, o humor, os jogos e a sorte não têm lugar. E o filho Gérard aborrece-se de morte. É então que irrompe o irmão da senhora, o tio, o Sr. Hulot. Personagem inadaptada, habituada ao seu mundo caloroso, vai, para delírio do sobrinho, virar tudo de pernas para o ar.

Guerra do Povo em Angola

de Antoine Bonfanti, Bruno Muel, Marcel Trillat

1975 | FR | 51′ | M/12

Quinta-Feira 27/4 | 19:30 n’ A Voz do Operário

Sessão tripla seguida de um debate com a participação de Ariana Furtado e José Santarém (Frente Anti-Racista):

Guerra do Povo em Angola,
de Antoine Bonfati, Bruno Muel e Marcel Trillat

Em 1975 e 1977, durante uma missão de formação de jovens cineastas angolanos encomendada pelo Partido Comunista Francês, Marcel Trillat, Antoine Bonfanti e Bruno Muel produziram este filme, contendo imagens raras dos primeiros momento de independência de Angola. Este filme será acompanhado das curtas metragens Navigating the Pilot School e Altas Cidades de Ossadas.

1975 | FR | 50′ | m/12

Navigating the Pilot School,
de Filipa César e Sónia Vaz Borges

Frequentemente subestimadas enquanto tal, as guerras de libertação anti-coloniais foram também empreitadas de educação a grande escala. Considere-se as estratégias educativas seguidas pelo agrónomo Amílcar Cabral e o PAIGC. Entre elas, a Escola Piloto para “formar os melhores estudantes das nossas escolas nas zonas libertadas e [serem] integrados no nosso sistema educativo para as zonas libertadas”.

2016 | PT | 12′ | m/12

Altas Cidades de Ossadas.
de João Salaviza

Altas Cidades de Ossadas é um tateio inquisitivo e imaginativo às memórias do rapper Karlon, ao cerco institucional, e às histórias submersas de um tempo sombrio.

2017 | PT | 19′ | m/12

O Fantástico Sr. Raposo

de Wes Anderson

2009 | EUA | 87′ | M/6

Após 12 anos de felicidade bucólica, o Sr. Raposo quebra uma promessa feita à sua esposa e invade as quintas dos seus vizinhos humanos, Boggis, Bunce e Bean. Ceder aos seus instintos animais põe em perigo não só o seu casamento, mas também a vida da sua família e dos seus amigos animais. Quando os agricultores forçam o Sr. Raposo e companhia para o subsolo, ele tem que recorrer à sua astúcia para superar a oposição.

A Zaragateira

de Luigi Zampa

1947 | Itália | 90′ | M/12

Angelina Bianchi (Anna Magnani) é uma mulher forte e impetuosa que inicia um movimento a favor de pessoas pobres que foram proibidas de entrar no novo bloco de apartamentos contruídos após a Segunda Guerra Mundial. Sem perceber, mobiliza um grande número de pessoas que lidera para uma marcha até a capital.

O Mundo do Silêncio

de Louis Malle , Jacques-Yves Cousteau

1956 | França | 86′ | M/6

O título do filme realizado pelo oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau e por Louis Malle, numa das suas primeiras obras, deriva do livro publicado por Cousteau em 1953, The Silent World: A Story of Undersea Discovery and Adventure. Trata-se de um dos primeiros filmes a usar imagens subaquáticas (a cores) e foi filmado a partir do Calypso, no Mar Mediterrânico, no Golfo Pérsico, no Mar Vermelho e no Oceano Índico. Foi ainda o primeiro, e um dos raros, filmes documentais premiados em Cannes com uma Palma de Ouro. “Cousteau trouxe às suas aventuras e observações um espírito poético, assim se tornando o veículo através do qual milhões de pessoas fizeram a sua primeira comunhão com o vasto mundo da vida subaquática” (Greg Rubinson). (Texto: Cinemateca Portuguesa)

Meteorango Kid, Herói Intergaláctico

de André Luíz Oliveira

1969 | Brasil | 85′ | M/16

Realizado em Salvador por um jovem de 21 anos, produzido no período áureo da estética marginal na cidade, Meteorango Kid, Herói Intergaláctico acompanha um jovem uniersitário no dia do seu aniversário. O rapaz desrespeita todas as tradições.


História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

de Enzo D’Alò

1998 | Itália | 75′ | M/5
Diálogos em italiano com legendas em português

Enquanto a jovem gaivota Kengah procura sua comida, há um derrame de petróleo cobre o Mar do Norte. Presa no petróleo, ela mal tem forças para voltar à terra firme. Antes de morrer conhece o gato Zorba que lhe faz uma tripla promessa: não comer seu ovo, cuidar do seu filho e… ensiná-lo a voar!


Déjà s’envole la fleur maigre

From the branches drops the withered flower

de Paul Meyer

1960 | Bélgica | 87′ | M/12
Diálogos em francês e italiano com legendas em português

Uma família italiana em busca de uma vida melhor junta-se ao pai, um mineiro em Borinage, na Bélgica. A esta chegada junta-se uma partida iminente, a de Domenico, outro mineiro italiano que, depois de 17 anos na mina, pensa apenas em regressar à sua aldeia pois o trabalho está a tornar-se cada vez mais raro.


16 de Setembro

No Táxi do Jack

de Susana Nobre

2021 | Portugal | 70′ | M/12
Portuguese audio with english subtitles

Com 63 anos, e quase a reformar-se, Joaquim anda de empresa em empresa a recolher carimbos que atestem que ali esteve à procura de trabalho para poder usufruir do subsídio de desemprego até à reforma. Nestas viagens em que conduz o seu Mercedes Elegance rememora a sua vida e os vários papéis que desempenhou. Nos anos 70 aventurara-se como emigrante na América, onde trabalhou como taxista, em Nova Iorque, e viu o mundo. O filme cruza as fronteiras entre realidade e ficção numa janela indiscreta que traça a biografia de Joaquim.


17 de Setembro

A Metamorfose dos Pássaros

de Catarina Vasconcelos

2022 | Portugal | 101′ | M/12
Portuguese audio with english subtitles

A Metamorfose dos Pássaros é uma espécie de “diário polifónico”. Beatriz e Henrique casam-se quando ela tem apenas 21 anos. Ele é oficial da marinha e passa várias temporadas no mar; ela permanece em terra, a cuidar dos seis filhos de ambos. Um dia, Beatriz morre inesperadamente. Jacinto, o seu filho mais velho que sonhava poder ser pássaro, é o pai da realizadora Catarina Vasconcelos, cuja mãe morreu quando ela tinha apenas 17 anos. Nas palavras da própria cineasta: “Nesse dia, eu e o meu pai encontrámo-nos na perda das nossas mães e a nossa relação deixou de ser só a de pai e filha.” Ao longo desta narrativa poética, os dois exploram a intimidade da relação familiar e a passagem do tempo, num percurso em que se apercebem de que partir é um requisito fundamental para o começo de algo novo.


A Vaca

Gav

de Dariush Mehrjui

1971 | Irão | 100′ | M/12
Diálogos em persa com legendas em português

Este filme conta a história de Mashdi Hassan, um pobre aldeão iraniano do século XX, apaixonado pela sua vaca. Mais do que um ganha-pão, o animal também lhe serve de companheira nos momentos difíceis, confidente nos dias repetitivos, pontuados pelas injustiças comuns a um modo de vida rural, há mil anos inalterado.

No dia em que a vaca desaparece, o mundo como Hassan o concebe desmorona. Condenado a viver sem a vaca e a recusar a explicação dos aldeões que afirmam que ela fugiu, o agricultor, que nos primeiros momento do filme demonstra uma alegria de viver contagiosa, depressa afunda numa melancolia doentia que o leva a encontrar a sua vaca num delírio zoomórfico.


Beladona

Belladona of Sadness/Kanashimi no Beradona

de Eiichi Yamamoto

1973 | Japão | 87′ | M/16
Audio em japonês com legendas em português

Um filme nunca exibido em muitos países até à edição de uma recente versão restaurada. Em Portugal estreou nos cinemas, em 1976, juntamente com muitos outros títulos de teor erótico, algo impensável até ao 25 de Abril.

Beladona é uma história de vingança, baseado no livro “La Sorcière”, de Jules Michelet. Trata-se de um conto brutal em que um lorde feudal comete um crime contra um casal de recém casados.Sendo um filme problemático, trata-se de um clássico de animação japonesa que combina aguarelas vividas com influencias artísticas, tais como Klimt.

Aviso: É um filme de animação, com uma linguagem psicadélica e abstracta e contendo imagens explícitas de violência sexual.

Esta sessão, que decorre na PENHA SCO, permitirá uma lotação de apenas 50 pessoas!